sexta-feira, 10 de agosto de 2012



Eu já suportei mais do que podia. Eu já ouvi mais do que devia. Eu já fiquei calada quando devia ter falado como também já falei quando devia ter ficado calada. Eu já falei a coisa errada na hora certa, como também falei a coisa certa na hora errada. Eu já fiquei parada, lembrando de tudo o que me disseram e chorando por dentro, porque simplesmente eu não podia chorar na frente de ninguém, eu não queria mostrar que era fraca, eu não queria mostrar o quanto eu era frágil... as lágrimas pretendiam sair com toda força dos meus olhos, mas eu as aprendia lá dentro, eu não as deixava cair. Eu já acumulei tanta coisa aqui dentro de mim, coisas que eu nunca imaginei guardar e suportar. Mas cansa, uma hora você explode. E mesmo cansada, mesmo não agüentando mais tanta coisa, você percebe o quão forte foi, por ter agüentado tanta coisa dentro de si. Acumuladas lá dentro e nunca ter as deixado sair. Por chorar baixinho à noite, sozinha, pra ninguém ver, ninguém escutar. Percebe que mesmo caindo tantas vezes, teve forças o suficiente para levantar-se e seguir em frente, mesmo com tudo lá dentro, te matando aos poucos. Percebe que mesmo tudo desmoronando, acha uma fé grandiosa dentro de si, escondida, lá no fundo. E é por isso, é por isso que você ainda está aí, suportando tudo calada, agüentando tudo sozinha. 

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