terça-feira, 27 de março de 2012

suacompanheira:
Diversão, o que é isso? Acho que eu nunca tive. Não me lembro ao certo o que significa. Disseram-se me significa sair com os amigos, farrear e viver muito bem a vida. Até que me recordo de momentos assim, mas faz tanto tempo que não me lembro por completo… Muita coisa mudou durante alguns meses, todo final de ano me faço a mesma promessa de que irei melhorar, fazer sempre a coisa certa, não me envolver, não me entregar, não amar, mas só que dessa vez, quebrei minha promessa. Vi-me completamente entregue a quem nem se importa comigo de verdade. Acreditei em palavras e gestos clichês, sabe, sorrisos, olhares, abraços, beijos na bochecha, conversas melosas. E isso me deixou com tanta raiva desse maldito garoto, mas fiquei com mais raiva de eu própria por ser tão boba de ficar caída por qualquer um dos olhos encantados e sorrisos aconchegantes. Fazia tempo que eu não sofria por alguém e algum tempo atrás isso aconteceu novamente, ficar chorando pelos cantos é tão chato, mas eu não consigo parar… Tento ficar calma, manter a tranquilidade pra tentar esquece-lo só que parece impossível, havia me esquecido que quando a gente ama fica bem mais complicado esquecer a outra pessoa. É como ser dependente e ou odeio ficar dependendo de outra pessoa pra seguir em frente, pra ser feliz, pra dar outra oportunidade pra vida. E sendo sincera antes desse sentimento surgir eu me sentia em um conto de fadas, fazia o que eu queria sem me importar com opiniões alheias, vivia rindo e fazendo os outros rirem por mais vergonhosa que eu seja. Já sinto falta disso, sinto falta de não sofrer, sinto falta de chorar de alegria e sinto principalmente falta de não amar. Depois que o encontrei até o amor próprio foi se desgastando, foi se doando tudo a ele. Entregou-se a um canalha de meia tigela. Talvez tenha restado um pingo de amor próprio, mas não o suficiente pra me fazer sentir melhor. Agora estou naquela fase de ficar me corroendo por dentro, sentindo aquela maldita amargura, mas que droga viu, eu faria de tudo pra voltar atrás para ter impedido esse sentimento, ou melhor, esse encontro entre nós dois. E agora me resta amadurecer mais um pouco e esfriar a cabeça, fazer o que eu sempre fiz quando eu era magoada, ler um livro, sair pelo menos para um balada, deixar a música alta entrar na minha cabeça e tomar conta dela. Vou fazer tudo aquilo que eu costumava fazer quando estava a beira do precipício para poder novamente voltar a ser o que era antes, esperta e feliz.

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